quarta-feira, 4 de abril de 2007

Rio Grande do Sul: "A história passada a limpo"



Instituto Estadual de Educação
João Neves da Fontoura
Projeto de Aprendizagem

Grupo 3

Componentes:
Alessandro
Gabriel
Rafael Araújo

Professoras:
Mireila Boulanger
Raquel Alves
Roseana Lopes
Dilma Machado
GRUPO 3

O que ocasionou a Guerra dos Farrapos?

Dúvidas temporárias:
O que realmente desencadeou a Guerra dos Farrapos?
Por que ela foi tão longa e dolorosa?
E a Guerra do Paraguai? Qual o motivo dela ter acontecido?

Certezas provisórias:
•Depois da guerra o Rio Grande do Sul tornou-se o celeiro do Brasil, por ser o estado mais produtivo em grãos do país.
•Além de tudo, o país não nos conhece como brasileiros e sim como estrangeiros.
•Durante as Guerras ocorreram a vinda de estrangeiros para o Rio Grande do Sul; e o comércio de escravos ficou mais explorado.
PRIMEIRO MAPA CONCEITUAL




Rio Grande do Sul:
“A HISTÓRIA PASSADA A LIMPO”

Econômicas : O Rio Grande do Sul, estava esgotado pela sequência de guerras, a última das quais tinha sido a campanha da Cisplatina, com as estâncias e charqueadas produzindo pouco, com os rebanhos esgotados e sem que o império brasileiro pagasse as indenizações de guerra, apesar de locupletar-se com as exportações de café e açúcar do centro do País. Os impostos sobre o gado em pé e sobre a arroba de charque - principais produtos da Província - eram escorchantes. Todos os produtos da pecuária pagavam dízimo. Cada arroba exportada pagava 600 réis de taxa e cada légua de campo pagava 100 mil réis de imposto anual. O pior, porém é que o centro do Brasil preferia comprar o charque platino ao invés do rio-grandense que era produzido pelo braço escravo das charqueadas. E, portanto, caro. O charque uruguaio ou argentino, fruto do braço assalariado nos intervalos das infindáveis guerras e revoluções do Prata, era vendido no Rio de Janeiro e São Paulo bem mais barato que o charque rio-grandense.
No final do século XVIII, era apresentado ao mundo os ideais iluministas e liberais.
Revolução

Em 09 de setembro de 1836, ocorre a primeira grande batalha, Antônio de Souza Netto, a figura mais respeitada das forças farroupilhas depois de Bento Gonçalves, vence as tropas imperiais na Batalha do Seival. A vitória sobre os imperiais foi tão entusiasmante, que Netto, instigado pelos liberais exaltados, toma uma decisão: proclama a República Rio-Grandense, separando o estado gaúcho do Brasil. Estava finalmente declarado o caráter revolucionário do movimento farroupilha.
Deve ser considerada Revolução apenas o movimento político-militar que vai de 19 de setembro de 1835 a 11 de setembro de 1836, porque era a revolta de uma província contra o Império do qual fazia parte. A 11 de setembro de 1836 é proclamada a República Rio-Grandense e então já não se pode mais falar em revolução, mas sim em guerra, a luta aberta entre duas potências políticas independentes e soberanas, uma República , de um lado, e um Império, de outro. A revolução farroupilha explodiu a 19 de setembro de 1835 quando os liberais, depois de inúmeras conspirações, sobretudo dentro das lojas maçônicas, partiram para a deposição do presidente Antônio Fernandes Braga, sustentando que este violava a lei e deveria ser substituído. Os farroupilhas Gomes Jardim e Onofre Pires desbarataram a Guarda Municipal (núcleo inicial da futura Brigada Militar do Estado) vindos do morro da Glória e Fernandes Braga foge para o porto de Rio Grande, abandonando Porto Alegre. A 20 de setembro Bento Gonçalves da Silva, vindo de Pedras Brancas (Guaíba) entra triunfante na Capital e, na ausência dos três primeiros vice-presidentes, empossa no governo o 4º vice-presidente, Dr. Marciano Pereira Ribeiro, nomeado Comandante das Armas o Cel. Bento Manoel Ribeiro, homem de personalidade difícil e caprichosa e sem convicção liberal, seguidor de seus próprios interesses, através dos quais se unira aos farroupilhas no início do movimento. Parece bastante evidente, nessa fase, o espírito legalista dos farrapos, empossado na presidência da província na linha da sucessão uma autoridade constituída, quando seria fácil a Bento Gonçalves, por exemplo, assumir todos os poderes.
É o próprio líder farroupilha que consegue com o Rio de Janeiro e a nomeação do novo presidente, o Deputado José Araújo Ribeiro, o qual, assustado com a efervescência de Porto Alegre, resolveu, ao chegar do Rio de Janeiro, empossar-se em Rio Grande... Foi o que bastou para que os farroupilhas mais exaltados lhe retirassem o precário apoio. Bento Manoel Ribeiro troca de lado, voltando a servir o Império e para seu posto é nomeado o Major João Manoel de Lima e Silva e o Dr. Marciano Pereira Ribeiro foi mantido pela Assembléia Provincial como Presidente.
Parece bem claro: não fora a intransigência dos conservadores e do Império a revolução poderia ter findado sem maiores vítimas.
Em 02 de outubro, na batalha de Fanfa, os farroupilha são derrotados. Bento Gonçalves e outros oficiais farroupilhas são presos. Bento é enviado como prisioneiro para o Rio de Janeiro. Lá conhece o italiano Garibaldi que adere ao movimento farroupilha mudando-se para o sul.
Em 05 de novembro de 1836, a câmara municipal de Piratini oficializa a proclamação da República Rio-Grandense. Mesmo preso Bento Gonçalves é declarado presidente do novo país, o vice nomeado é José Gomes Jardim, que assume interinamente.
Em 1839, Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro conquistam as cidades catarinenses de Laguna e Lages, e proclamam a "República Catarinense", ou "República Juliana". Em 15 de novembro os farrapos são surpreendidos e Laguna é reconquistada pelos imperiais. As embarcações rebeldes são destruídas, somente Garibaldi escapa. A cavalaria de Canabarro foge pelo litoral escondendo-se em Torres.
De 1840 em diante dois terços do exército brasileiro está no estado. Em 1843, em sua ofensiva final, o exército brasileiro tem 11.400 combatentes.
Em primeiro de março de 1845, os imperialistas, liderados por Duque de Caxias e os republicanos farroupilhas assinam a paz de "Ponche Verde", declarando fim aos conflitos.
O império pagaria as dívidas do governo republicano;
Os oficiais republicanos são incorporados ao exército brasileiro;
Eram declarados livres todos os escravos que tinham lutado nas tropas republicanas;
Seriam devolvidos todos os prisioneiros de guerra.

1)Foram elevadas as taxas alfandegárias para importação do charque estrangeiro, o que favoreceu ao charque gaúcho João Nunes da Silva Tavares e o farroupilha Antunes da Porciúncula. Vitória legalista.
2) A 16 de outubro de 1835 - Combate entre as forças farroupilhas comandadas por Antonio de Souza Neto e as legalistas de Silva Tavares. Vitória farroupilha, tendo o comandante legalista fugido para o Uruguai.
3) A 2 de março de 1836 o farroupilha Lima e Silva, jovem brilhante e impetuoso, apesar de não ser rio-grandense, derrota o seu antigo companheiro Bento Manuel Ribeiro.
4) A 7 de abril do mesmo ano Lima e Silva obtém outra vitória, em Pelotas, obrigando à rendição o legalista Major Marques de Souza.
5) No Passo dos Negros, ainda em abril, foi derrotado e aprisionado o Cel. Legalista Albano de Oliveira Bueno, mais tarde assassinado por seus carcereiros.
6) O legalista Pinto Bandeira, a 9 de abril, surpreende os farroupilhas em Torres, derrotando-os.
7) A 12 de abril o legalista Juca Ourives é derrotado por Lima e Silva, no Faxinal, em Viamão.
8) A 22 de abril o Cel. Onofre Pires derrota em Mostardas os legalistas comandados pelo Capitão Francisco Pinto Bandeira, mas empana o brilho da vitória fuzilando prisioneiros.
9) A 12 de junho Bento Gonçalves derrota no Arroio dos Ratos os imperialistas comandados pessoalmente por Bento Manoel Ribeiro, o qual conseguiu fugir.
10) A 13 de junho o comandante farroupilha Domingos Crescêncio derrota o legalista Silva Tavares na Lagoa Cajubá. Aos poucos, este valoroso chefe legalista vai merecendo o apelido de "quartel ambulante dos farrapos", porque sempre que estavam precisando de armas e cavalos estes o atacavam e tomavam tudo...
11) 15 de junho de 1836 é uma data negra para a Revolução Farroupilha: o Major Marques de Souza, que se rendera em Pelotas aos farroupilhas e que estava preso no navio Presiganga, subornou seu carcereiro pernambucano e fugiu para Porto Alegre. Na Capital, com a cumplicidade do velho Marechal João de Deus Mena Barreto, surpreendeu os farroupilhas, apossando-se do Palácio do Governo e expulsando-os de Porto Alegre. Nunca mais os farroupilhas conquistariam a Capital gaúcha, a qual, por este feito, ganhou do Império o título de "Leal e Valorosa" que hoje ostenta em seu brasão e Marques de Souza terminou sendo designado por seu feito Conde de Porto Alegre.
12) Bento Gonçalves, no fim de junho, pessoalmente comanda ataque e cerco a Capital, sem resultado. O heroísmo de seus defensores é incrível, repelindo todas as investidas farroupilhas.
13) A 12 de julho Antonio de Souza Neto, guerrilheiro notável, estancieiro que gostava de bailes e carreiras, elegante a ponto de só entrar em combate com uniforme de gala e ostentando todas as suas condecorações, derrota João da Silva Tavares, o qual se vê novamente obrigado a fugir para o Uruguai.
14) A 10 de setembro, na grande batalha do Seival, Antonio de Souza Neto se encontra novamente com Silva Tavares, inflingindo-lhe uma derrota aplastante. Foi tão grande o entusiasmo dos farroupilhas com esta vitória que Antonio de Souza Neto ao que se diz estimulado por Joaquim Pedro Soares e Manoel Lucas de Oliveira, comandantes de seus batalhões, na manhã do dia 11 de setembro proclamou a República Rio-Grandense, declarando separado o Rio Grande do Sul do Império do Brasil.
15) Bento Gonçalves, no fim de junho, pessoalmente comanda ataque e cerco a Capital, sem resultado. O heroísmo de seus defensores é incrível, repelindo todas as investidas farroupilhas.
16) A 12 de julho Antonio de Souza Neto, guerrilheiro notável, estancieiro que gostava de bailes e carreiras, elegante a ponto de só entrar em combate com uniforme de gala e ostentando todas as suas condecorações, derrota João da Silva Tavares, o qual se vê novamente obrigado a fugir para o Uruguai.
17) A 10 de setembro, na grande batalha do Seival, Antonio de Souza Neto se encontra novamente com Silva Tavares, inflingindo-lhe uma derrota aplastante. Foi tão grande o entusiasmo dos farroupilhas com esta vitória que Antonio de Souza Neto ao que se diz estimulado por Joaquim Pedro Soares e Manoel Lucas de Oliveira, comandantes de seus batalhões, na manhã do dia 11 de setembro proclamou a República Rio-Grandense, declarando separado o Rio Grande do Sul do Império do Brasil